Adolescente baleada corre risco de ficar paraplégica
Segundo mãe da jovem, dos três disparos que a atingiram, um afetou a coluna vertebral
Goiânia Uma das alunas que teve dois pulmões perfurados pelos disparos efetuados por um colega de sala, no colégio Goyases, em Goiânia (GO), corre o risco de ficar paraplégica, segundo a família.
“Existe essa possibilidade. Foram três balas, uma delas pegou na coluna, mas a gente está pedindo a Deus porque não tem nada concluído ainda”, disse a mãe dela, na manhã de ontem.
Ela conversou, por telefone, com a reportagem, antes de ir visitar a filha, que está internada em uma UTI do Hospital de Urgências de Goiânia e respira com ajuda de aparelhos. “O estado [de saúde] dela é crítico, é grave, mas ela vai sair dessa. Todas as possibilidades existem, mas a gente será confiante em Deus”, afirmou.
A mãe contou, ainda, que a adolescente já abriu os olhos e reage aos estímulos. “Ela retorna os comandos da gente. Abre o olho e aperta a mão da gente. Falo ‘eu te amo’ e ela responde que me ama: balança a cabeça”, disse, bastante emocionada.
A aluna estava sentada na quarta fileira a partir da porta da sala de aula da turma do oitavo ano do ensino fundamental da escola particular Goyases, em Goiânia (GO).
O adolescente que atirou nos colegas estava no penúltimo lugar da primeira fileira quando sacou a pistola ponto 40. Decisão provisória da Justiça determinou a internação dele pelo prazo de 45 dias.
Feridos
Outra aluna atingida pelos disparos também está internada no mesmo hospital e respira com ajuda de aparelhos. Ela já voltou a conversar e se alimenta.
Um terceiro adolescente recebeu alta da unidade de saúde, na manhã de ontem.
A quarta sobrevivente, que também foi atingida pelos disparos, está internada no Hospital dos Acidentados, na capital. Ela ainda não tem previsão de alta.