Buraqueira em São Paulo
Quem anda de carro, ônibus, moto ou bicicleta pelas ruas da cidade já sabe que há buracos para todo lado.
O que o fez foi colocar o problema em números mais concretos.
Na semana passada, a reportagem percorreu 104 km em 14 das principais avenidas de São Paulo, além da marginal Tietê.
Nesses trajetos foram encontrados nada menos que 170 problemas graves, de buracos (alguns merecendo serem chamados de crateras) a ondulações na pista e degraus em bueiros.
Isso dá o equivalente a três grandes falhas no asfalto a cada 2 km. Mas, é claro, alguns lugares são piores que outros.
Só a estrada do M’Boi Mirim, na zona sul, sofre com 12 buracos e crateras. Será coincidência que a avenida foi campeã de atropelamentos em 2016?
Na avenida Celso Garcia (zona leste), que tem 6,2 km de extensão, são 29 problemas para todos os gostos, se é que alguém gosta de solavanco na rua.
São quase cinco falhas por km, portanto, incluindo um rombo no asfalto que obriga os ônibus a invadir a pista contrária.
Diz a prefeitura que está vistoriando cerca de 53 mil casos comunicados pelo telefone 156. A Secretaria das Prefeituras Regionais calcula que as queixas estarão atendidas em cerca de 40 dias.
Promessa de governo, como se sabe, não é para levar ao pé da letra (isso quando dá para esperar alguma coisa). O fato é que a grana anda curta no município, e o prefeito parece mais preocupado com as eleições presidenciais do próximo ano.