Aposentadoria do paulistano só vai sair no ano que vem
Trabalhador espera 90 dias, em média, para ser atendido após agendar pedido de benefício ao INSS
34Ontem, a reportagem consultou dezenas de vezes as vagas disponíveis na capital No início das buscas, a agência Vila Maria não tinha vagas Mas houve uma atualização no sistema, e a unidade abriu vaga para hoje A dica para quem tem pressa é usar a internet e repetir a consulta em diferentes horários
COMO CONSULTAR:
Acesse o site meu.inss.gov.br Clique na opção “Agende Seu Atendimento” depois em “Agendar” No local indicado, escreva “aposentadoria por tempo de contribuição” ou o nome do benefício desejado No final da página, digite o código verificador que aparece no retângulo colorido Informe seus dados (CPF, nome completo, data de nascimento e um telefone) Escolha o Estado e a cidade onde quer ser atendido Clique em “Buscar”
eO trabalhador paulistano que cumprir neste ano as exigências para se aposentar pela Previdência Social só vai ter chance de receber o benefício no ano que vem.
Na capital, quem tentava ontem pedir uma aposentadoria por tempo de contribuição praticamente só encontrava vagas para ser atendido em um posto do INSS a partir do final de janeiro, conforme verificou o Agora ao consultar o sistema de agendamentos do site meu.inss.gov.br.
Na agência da Penha (zona leste), a data mais próxima para agendamento era 16 de abril de 2018, quase seis meses após a solicitação.
Quem tem pressa pode tentar persistir no agendamento pela internet até encontrar um data menos distante, gerada pela desistência de alguém que já estava na fila virtual (veja como ao lado).
Mas nem todos terão sorte, já que o tempo médio de espera para ser atendido nas unidades do órgão previdenciário no capital é de 90 dias, informou a Superintendência do INSS em São Paulo, que disse reconhecer o problema.
O crescimento na procura por benefícios é uma das explicações para a espera.
No Estado, os requerimentos de benefício por tempo de contribuição apresentados entre janeiro e agosto atingiram 368,6 mil, número 48,5% acima do registrado no mesmo período de 2016.
Se forem considerados todos os benefícios, o instituto informa ter recebido 1,73 milhão de requerimentos de janeiro a outubro, e estima que encerrar 2017 com mais de 2 milhões de requerimentos.
A necessidade de desempregados em obter renda e o medo da reforma da Previdência podem estar levando mais segurados a pedir benefícios, segundo o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. “Não tenho dúvida que a combinação de desemprego e receio da reforma esteja provocando essa pressão sobre o INSS”, afirma.