Anhanguera também fecha depois de morte de macaco
É o terceiro parque que foi fechado por causa da suspeita do vírus da febre amarela silvestre
O p a r q ue munici pal Anhanguera, em Perus (zona norte), ficará fechado a partir de hoje, por tempo indeterminado, para Secretaria Municipal da Saúde investigar se um macaco do local morreu por febre amarela silvestre. Os primeiros exames laboratoriais, de acordo com a gestão João Doria (PSDB), apontaram que a doença foi a causa da morte.
Este é terceiro parque fechado desde sexta-feira em razão da doença. O estadual da Cantareira e o Horto Florestal, também na zona norte, foram fechados ao público após a confirmação de que um macaco morreu por febre amarela silvestre. Por causa disso, foi convocada a vacinação em três bairros do entorno dos dois parques. Mais duas mortes de macacos nos locais são investigadas.
Ontem, a gestão Doria afirmou que espera o resultado de mais um exame para confirmar que a causa da morte do macaco no Anhanguera foi a febre amarela silvestre. A prefeitura ainda recomenda “a não utilização dos parques lineares Canivete e Córrego do Bispo” também por tempo indeterminado.
A prefeitura lembra que os macacos não transmitem a febre amarela silvestre. A doença é transmitidas por dois mosquitos, de gêneros diferentes do Aedes Aegypt, que mordem os macacos infectados e depois picam os humanos. Os casos de febre amarela silvestre são registrados em áreas de mata.
No Estado, foram registrados 22 casos este ano, nenhum na capital. A febre amarela silvestre é diferente da urbana. Nenhum caso urbano é registrado no país desde 1942.
Novos hábitos
O fechamento do Horto mudou o comportamento dos moradores da Vila Amélia. Eles passaram a reforçar as medidas de prevenção.
Repelente virou item básico na bolsa e na sala, lembrando os anos de 2015 e 2016, quando o vírus da dengue infectou dezenas de moradores da Vila.
Quem pode tenta ainda se cuidar de outras formas. “Na casa em que eu trabalho, coloco inseticida e bem cedo já fecho a janela. Faz calor, mas fazer o quê”, diz a diarista Valdirete de Oliveira, 49.
Na casa de Rosangela Marques, 58, seu marido teve que trocar o Horto por uma avenida próxima como cenário das caminhadas matinais, assim como fizeram outros moradores.