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Segurado paulistano morre antes dos 65 anos

- (FSP)

Enquanto o governo insiste em aumentar idade mínima da aposentado­ria do INSS para 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens), moradores de 34 distritos da cidade de São Paulo morrem antes de chegar aos 65 anos.

O Mapa da Desigualda­de 2017, feito pela organizaçã­o Rede Nossa São Paulo, mostra que a menor idade média ao morrer é a do morador do Jardim Ângela, na zona sul, de 55,7 anos. No bairro Anhanguera (zona norte), a média é de 56,4 anos, e, em Cidade Tiradentes (zona les- te), de 57,3 anos.

O levantamen­to leva em conta a desigualda­de no acesso a serviços públicos e qualidade de vida entre os 96 distritos da cidade. A média mais alta é verificada no Jardim Paulista, na zona oeste, onde o morador vive até os 79,4 anos. Na sequência aparecem Moema (zona sul), com média de 79,2 anos, e Consolação, no centro, de 78,9 anos.

A diferença entre Jardim Ângela e Jardim Paulista é de quase 24 anos. “Se fossem três ou cinco anos de vida, você poderia até pensar que é uma variação normal, mas 24 anos não é uma diferença nada aceitável. É uma geração inteira”, diz Américo Sampaio, gestor de projetos da Rede Nossa São Paulo.

Segundo o levantamen­to, o indicador da idade média ao morrer tem relação com fatores como taxa de homicídios em geral, mortalidad­e infantil e óbitos por câncer.

“Um dos grandes achados da pesquisa é mostrar, por A mais B, que quanto mais acesso à cidade, mais as pessoas vivem”, diz ele.

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