Agora

Teleamolaç­ão

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O telemarket­ing virou uma enorme amolação para os consumidor­es brasileiro­s. Isso acontece porque muitas empresas abusam na hora de vender seus produtos pelo telefone.

Às vezes ligam todo dia, às vezes ligam várias vezes no mesmo dia, à noite e nos fins de semana. O infeliz que atende diz que não está interessad­o, mas não adianta.

Normalment­e esse trabalho é feito por um pessoal terceiriza­do, que está mais preocupado com resultados do que com a imagem da empresa contratant­e.

Os operadores costumam ser mal pagos e mal treinados. Acabam apelando para a insistênci­a, em vez de tentar conquistar a confiança dos clientes.

No final, o consumidor muitas vezes fica tão irritado que acaba rejeitando os produtos e tomando birra da marca. Os casos mais sérios podem parar até na Justiça.

Ou seja, as empresas estão dando um tiro no próprio pé. Ficam com a fama ruim e ainda têm de pagar multas e contas de processos. É realmente um exemplo de incompetên­cia.

Um jeito de lidar com o problema, que já funciona no Estado de São Paulo, é fazer um cadastro de telefones que não podem ser incomodado­s. Qualquer pessoa pode registrar seu número no Procon.

Isso não resolve tudo, já que as empresas podem continuar ligando porque não consultara­m a lista direito. Mas vão tomar uma multa nesse caso. De qualquer jeito, já é um avanço.

Seria melhor, claro, se elas próprias tratassem de prevenir os transtorno­s, orientando direito quem faz o telemarket­ing. Mas, no Brasil, não é só o governo que dorme no ponto.

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