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Pacientes esperam até 3 por remédios de alto custo

Farmácias do Estado racionam entrega de medicament­os, mas não faltava produto em nenhuma unidade

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Funcionári­os atenciosos Há oito guichês de triagem, mas só três operavam Espera de duas horas entre triagem e recebiment­o dos medicament­os 33 guichês de atendiment­o, todos funcionand­o Havia fila de 20 pessoas em pé, após a triagem. Faltavam cadeiras para aguardar o recebiment­o dos remédios

Demora de até três horas nas filas, medi c a mentos entregues em quantid ade menor do que a indicada nas receitas e falta de cadeiras nas salas de espera estão entre as principais dificuldad­es que os pacientes enfrentam nas farmácias de alto custo do governo do Estado. Apesar desses problemas, não faltam remédios e o atendiment­o de funcionári­os é bom.

As farmácias distribuem remédios, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), para centenas de doenças, como diabetes, artrite e hepatite.

Na farmácia do Hospital das Clínicas, em Pinheiros (zona oeste), havia grandes filas. Os funcionári­os orientavam os pacientes nas catracas, mas eram em pouco número diante do número de pessoas. O atendiment­o demorava até três horas.

Alguns remédios, no entanto, eram entreguem em menor quantidade do que a receitada. “Meu marido é transplant­ado e toma um comprimido de tracolimo por dia, contra a rejeição (de órgão)”, disse a aposentada Maria Conceição de Oliveira.

O remédio tracolimo também estava racionado na Unidade Dispensado­ra Tenente Pena, no Bom Retiro (região central). “Com a quantidade que eles dão, tenho que voltar de sete em sete dias, é muito cansativo para alguém nas minhas condições”, falou o aposentado Ademir Alves de Souza, 64 anos, receptor de um fígado transplant­ado. Ele mora em Mauá (ABC).

Na farmácia do posto de atendiment­o Várzea do Carmo, no Glicério (centro). Havia fila de 20 pessoas esperando em pé, mesmo após a triagem. A espera total era de duas horas. Lá, o tracolimo também era racionado. “Recebo metade dos 60 comprimido­s do mês, e tenho que vir de Mairiporã (Grande SP) a cada 15 dias”, falou o aposentado Flávio Santos, 47.

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