Preservar área é importante para a arquitetura moderna, diz relatora
Mariana Rolim, diretora do Departamento de Patrimônio Histórico da prefeitura, membro do Conpresp e relatora do processo de tombamento, explica que a área do Anhembi entrou no processo “por conta conta da possível relevância para a arquitetura moderna”. Segundo ela, “é importante no sentido em que mostra uma característica moderna que é a experimentação. Por exemplo, todo o processo de elaboração envolveu pesquisa de materiais para a estrutura metáli- ca do pavilhão. Isso vale também para o ‘pudim’ [auditório Celso Furtado], no Palácio de Convenções”.
Para Cyro Laurenza, presidente do Conpresp, o tombamento deve ser pontual. “O pavilhão, apesar das boas lembranças, tornou-se algo indesejado. Quando chove fora, também chove dentro, o teto está furado. Já está tombando, a despeito do saudosismo”, diz. “Tem engenheiros que dizem que modernizar não é mais opção financeiramente interes- sante para o pavilhão. Outros apresentam soluções diversas (...) É complicado pensar em adaptações pela dificuldade na instalação do arcondicionado, por exemplo.”
“Há construções que valeria a pena tombar, como o Palácio de Convenções, o auditório Elis Regina, o jardim. Sobre o pavilhão, não vejo valor arquitetônico em si, e ele tem problemas estruturais. É muito grande e poderia ter melhor uso”, diz Gabriel Rostey, especialista em política urbana.