Para celebrar 15 anos de carreira musical, Preta Gil lança “Todas as Cores”, seu quarto álbum feito em estúdio
“Sou Preta com muito orgulho, mas uma preta de todas as cores, ritmos e sabores.” Assim Preta Gil define seu atual momento, em que completa 15 anos de carreira musical e lança o seu quarto álbum gravado em estúdio, não por acaso intitulado “Todas as Cores”. “É um disco que simboliza quem eu sou, uma mulher que respira e transpira a diversidade e a multiplicidade das coisas, das pessoas, de tu- do”, afirma ela, que se cercou de amigos para gravar as dez faixas —que envolveram mais de 20 compositores, incluindo nomes que vão de Seu Jorge a Pretinho da Serrinha.
Duas participações especiais são bastante simbólicas para a artista: a da cantora Gal Costa, que a viu crescer e é sua madrinha de batismo, e a de Ana Carolina, uma das maiores incentivadoras para que largasse a então bem-sucedida carreira como produtora de audiovisual e se lançasse cantora, em 2003, aos 29 anos. “Ela e a Ivete [Sangalo], entre outras pessoas, foram duas amigonas que me encorajaram a derrotar meus medos e a começar a cantar profissionalmente”, lembra Preta Gil.
Engana-se quem pensa que esses medos envolvem o sobrenome famoso do pai, Gilberto Gil. “Por incrível que pareça, nunca tive receio dessa cobrança”, garante a cantora. “Na verdade, eu tinha um trauma desde a adolescência, quando perdi meu irmão [Pedro Gil, morto em um acidente de carro em 1990]. Ele era um músico maravilhoso e me ensinou muita coisa relacionada à música”, destaca.
Neste novo disco, Preta Gil acredita ter chegado a um estágio mais maduro. “Estou mais calejada, com 43 anos. Aprendi a lidar com meus me- dos e também com as críticas, os olhares tortos e as ofensas”, diz ela, que é atacada nas redes sociais com frequência desde que decidiu posar nua no encarte do primeiro disco, “Prêt-a Porter”. Por isso, também define o novo trabalho como um “disco de amor”. “As pessoas precisam amar mais e se abrir mais para o amor.”
A diversidade mencionada pela cantora está presente também nos ritmos do repertório escolhido. Nele, Preta Gil vai do reggaeton ao sertanejo, passando por pagode e reggae, entre outros. “Sou eclética e avessa a rótulos. Por isso, também digo que é um disco que prega a liberdade.”