Descrença une quem está na região
A vida de quem policia, cuida, mora ou usa drogas na cracolândia não mudou para melhor desde a operação policial em maio.
José Roberto Xavier, 39 anos, vive na cracolândia atrás das pedras. Segundo ele, as tendas instaladas pela gestão Doria não têm resolvido a situação. “Eles não deixam a gente entrar para usar o banheiro, para tomar uma água. Não mudou nada para a gente”, afirmou.
Agentes de saúde afirmam que o trabalho que faziam antes da operação policial foi prejudicado. Já os policiais se contentam em cercar o fluxo. “Não podemos fazer nada”, disse um cabo da PM.
Comerciantes também perderam as esperanças. “Toda vez que a polícia vai mexer ali temos que fechar as portas. Não tem quem resolva esse problema. Se o governo não dá um jeito, quem sou eu para dar”, diz o comerciante Valdecir Lopes, 59 anos.