Vigias da CPTM são acusados de agressão
Passageira afirma que seguranças agrediram ambulante na estação Piqueri. Quando ela e mais dois passageiros começaram a filmar a ação, também foram agredidos, diz a jovem
Cinco seguranças da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que trabalham na estação Piqueri, da linha 7-rubi, são acusados de agredir quatro pessoas —um ambulante e três passageiros. O caso aconteceu às 23h de anteontem.
A garçonete Bárbara Stéfano Silva de Carvalho Damasceno, 22 anos, afirmou à polícia que viu cinco seguranças da CPTM retirando à força um ambulante de um trem parado na estação Piqueri.
Segundo o relato de Bárbara, ela e dois homens começaram a gravar com os ce-
glulares a abordagem, quando também foram agredidos por um dos agentes.
A garçonete disse que o segurança a agarrou pelas costas e a forçou para fora do trem violentamente, fazendo com que ela batesse a cabeça nas portas da composição. Os outros dois passageiros foram agredidos da mesma maneira, segundo ela.
Bárbara foi à Delpom (Delegacia do Metropolitano) e fez boletim de ocorrência. Um funcionário da CPTM representando os seguranças também foi à delegacia, com agentes de segurança. Porém, Bárbara não reconheceu esses agentes como os envolvidos na agressão.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a garçonete se recusou a assinar o documento e também a entregar cópia das imagens que fez com o celular. À TV Record Bárbara afirmou que não assinou o boletim de ocorrência por não concordar com a versão dos fatos apresentada pelo representante da CPTM.
Ainda de acordo com a secretaria, Bárbara teria se recusado a fazer exame de corpo de delito. A delegada plantonista registrou a ocorrência como lesão corporal dolosa e requisitou à CPTM imagens de segurança.
A CPTM, empresa do governo Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que “de acordo com apuração preliminar, não identificou agressão por parte de empregados da companhia”. “Além disso, a usuária não reconheceu os agentes de segurança.”