RRoouubbooss ee fffuurrrtttoosss são principal problema para brasileiros
Esses crimes são os que mais atingem e amedrontam a população entre dez problemas analisados
Roubos e furtos são o principal problema de segurança pública para os brasileiros, aponta o Índice de Efetividade da Segurança Pública, que considera medo, risco e casos em que as pessoas foram vítimas dessas situações.
Os crimes tiveram a pior nota do levantamento, criado em parceria do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) com o Datafolha. O índice buscou radiografar a efetividade no combate a dez problemas ligados à segurança, a partir de pesquisa com a população brasileira.
Além de roubos e furtos, os outros nove pontos avaliados, em ordem da pior para a melhor nota, foram: invasão de residência, parentes envolvidos com drogas, agressão física, vítima de violência da polícia, ter conteúdo pessoal divulgado na internet, sequestro-relâmpago, agressão sexual, ser acusado de crime e ter filhos presos injustamente.
Os dez itens foram escolhidos com base em levantamentos anteriores do fórum. “São preocupações dos brasileiros que identificamos nos últimos 10, 15 anos de pesquisas”, diz o diretor- presidente do fórum, Renato Sérgio de Lima.
O índice varia de 0 a 1 —quanto mais alto, mais efetiva a segurança pública para aquele problema. Roubos e furtos tiveram nota de 0,46 no Brasil —a média geral de todos os problemas foi de 0,59 (veja quadro ao lado). Na pesquisa, os entrevistados respondem a três perguntas sobre cada variável. Por exemplo: Você tem medo de sofrer um sequestro-relâmpago? Quais são as chances de você ser sequestrado? E, no último ano, você foi vítima de um sequestrorelâmpago? O índice é uma média entre os três pontos.
A pesquisa foi feita com 2.080 brasileiros de 16 anos ou mais, em 130 cidades, entre 4 e 15 de julho.
Lima lembra que roubos e furtos são, em quantidade, os delitos mais comuns e, por isso, tendem a ter um desempenho negativo. “Ainda assim, o índice mostra que a população está profundamente amedrontada e não reconhece a capacidade do Estado de fazer frente a esses crimes”, diz.