Agora

Quero ouvir Haroldo Fernandes de novo!

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“Quem ganhou, ganhou, quem não ganhou não ganha mais”! Ah, como tanto ouvi isso nos anos 60! Este foi um bordão consagradí­ssimo pela Equipe 1040 da Rádio Tupi de São Paulo na voz do inesquecív­el Haroldo Fernandes, “o homem da camisa 10”, hoje aposentado e vivendo entre São Paulo e as montanhas de Minas Gerais. Era algo do dia a dia, tão badalado quanto os atuais “simples assim”, “pergunta lá no Posto Ipiranga”, “tomou Doril a dor sumiu”, “51, uma boa ideia” e por aí vai. Aquilo representa­va o tiro de misericórd­ia para o torcedor que não queria o fim do jogo e o alívio para quem estava ganhando apertado.

Pois neste Brasileirã­o-2017 já estamos bem na hora de a “onça beber água” e muita gente haverá de se lembrar de Haroldo Fernandes ao final de jogos dramáticos. E sabiam que a onça, sempre organizada e pragmática, tem a hora certa para matar a sede lá no seu rio, açude ou lagoa? Pois lá é o momento exato do caçador covarde ficar atrás do toco para matá-la com sua espingarda assassina.

E que sede de vitória está sentindo o Corinthian­s neste domingo, hein? O futebol tem muito de “ganha, perde e empata”, mas o Timão inventou duas coisas novas neste ano de 2017. O “ganha, ganha e ganha” no fantástico primeiro turno e o “perde, perde e perde” neste segundo turno.

E acho que vai perder de novo, agora do Palmeiras. O time de Carille, aliviado pela colher de chá do Cruzeiro e do Héber Roberto Lopes na segunda-feira, virou um líder esquisito. Segue em primeiro lugar jogando ou não e mesmo perdendo ou empatando. E sempre sem jogar nada.

Então, neste Dérbi, que o alvinegro jogue alguma coisa e vença o Palmeiras que estará reforçado pela ausência do assustado zagueiro Juninho. Mandaram o muzambinhe­nse Thiago Martins embora para o Bahia e quebraram a cara. Bem feito!

Mas paremos de “nhém-nhém-nhém” e vou responder a trocentos mil torcedores que andam me cobrando para todo lado onde atua a marca Milton Neves, com a solidez de quase meio século, na voz, opinião, texto, microfone, eventos, rádio, televisão, palestras, jornal, multipubli­cidade, revista e em todas as redes sociais. A pergunta é: “Milton Neves, cadê o seu Campeonato Brasileiro de Amistosos?”. A resposta é: “Errei, e feio! Coisa rara, mas errei!”. Só que a culpa não é minha, mas do Corinthian­s! Esse Corinthian­s que me persegue desde 1910 e agora em 2017 “os então campeões antecipado­s resolveram me humilhar com um grande susto”.

Mas é tudo passageiro! É que, com mais uma derrota para o Palmeiras neste domingo em Itaquera e um sofrimento de três semanas, com direito a muita chiadeira da Fiel torcida, o “meu Corinthian­s” será campeão e com “as calças na mão”. É para dar emoção e enterrar de vez o meu “Campeonato Brasileiro de Amistosos”!

Aí, no dia do título do Timão, meu ídolo Haroldo Fernandes, empatado com Fiori Gigliotti e Jorge Curi (sem “y”), estará no ar comigo na Rádio Bandeirant­es ao apito final do árbitro com um recado-frase para 19 times da primeira divisão do futebol brasileiro. “Quem ganhou, ganhou, quem não ganhou não ganha mais!”. É nóis, vai, Curintchá! O goleirão Fábio (foto), do Cruzeiro, segue em grande fase e não para de bater recordes: atingiu 15 anos como o mais e maior sacaneado pela seleção brasileira! Bem que Tite poderia lembrar dele qualquer dia, não é mesmo? O árbitro Héber Roberto Lopes (foto) é ótimo profission­al. Mas pisou feio na bola anulando gol legal de Borja diante do Cruzeiro. E esse erro pode significar o mesmo que a falha de Simon naquele Flu x Palmeiras de 2009.

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