Lei municipal obriga prédios novos a ter bicicletários
Expansão de bikes na capital faz edifícios se adaptarem, mas morador precisa ter bom senso
A explosão do número de ciclovias nos últimos anos em São Paulo também mexeu com a organização dos condomínios. A instalação do bicicletário virou obrigação.
Decreto da prefeitura determina que as novas edificações precisam ter 10% do espaço da garagem voltado para bicicletários. Os prédios que passam por reformas também têm que se adaptar.
“É importante uma área reservada só para as bicicletas para evitar conflito entre moradores”, diz Willian Cruz, 44 anos, criador do site vadebike.org, e morador de um condomínio na Vila Olímpia (zona oeste). “Mas também é preciso que de tempos em tempos o condomínio faça uma verificação para ver quem está usando o bicicletário. Algumas pessoas acabam deixando bicicletas por anos, abandonadas.”
Em alguns prédios, moradores têm usado o vaga da garagem para as bikes. Segundo o advogado Alexandre Berthe, essa liberação depende do que diz a conven- ção. “A vaga da garagem não é feita para isso. Mas, como o uso de bicicleta cresceu bastante nos últimos anos, alguns condomínios estão relevando essa situação”, diz.
Outro problema recorrente acaba sendo o furto de bikes. Alguns modelos de bicicletários contam com cadeados, mas outros são apenas ganchos nas paredes. “A Justiça tem decidido para ambos os lados. Tem ações em que o condomínio é obrigado a indenizar o morador. Mas, em outras, o morador assume o prejuízo. O que está na convenção acaba prevalecendo”, diz o advogado Héctor Luiz Borecki Carrillo, da Carrillo Advogados.