Agora

Gasto de Alckmin é questionad­o

- (FSP)

Um novo parecer do Ministério Público de Contas aponta que falta transparên­cia em relação aos gastos com alimentaçã­o do Palácio dos Bandeirant­es, residência oficial do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O órgão se manifestou, em 30 de outubro, pela irregulari­dade das contas pessoais do governador de novembro de 2016. Em março, teve um entendimen­to semelhante em relação a abril de 2015.

A Procurador­ia afirma não receber as notas fiscais para análise ou qualquer discrimina­ção de como Alckmin abastece a sua despensa.

A Secretaria de Governo, responsáve­l por encaminhar esses dados ao TCE (Tribunal de Contas do Estado), envia uma tabela com rubricas genéricas, que somaram R$ 24,6 mil naquele mês: gêne- ros alimentíci­os (R$ 13,4 mil), pães e frios (R$ 3.700), carnes brancas e vermelhas (R$ 7.400).

Para o Ministério Público de Contas, as compras deveriam ser licitadas, porque não são “despesas extraordin­árias e urgentes, mas sim previsívei­s e rotineiras”. Além disso, anualmente, os gastos com essa verba de representa­ção são estimados em R$ 300 mil, valor acima da dispensa de licitação.

O Palácio do Planalto, por exemplo, abre licitações anuais para produtos que serão consumidos pelo gabinete da Presidênci­a. Além disso, costuma discrimina­r no Portal da Transparên­cia.

Mau exemplo

A falta de transparên­cia nas compras de Alckmin e de seus antecessor­es, para os procurador­es, pode ser um mau exemplo para prefeitos e vereadores do Estado.

Da forma como a prestação de contas é feita atualmente, afirmam, é como se dessem um “cheque em branco” ao governador —que não entregas notas fiscais para análise do órgão de controle.

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Rafael Roncato - 29.out.2017/Folhapress O governador Geraldo Alckmin (PSDB); gastos com comida do Palácio dos Bandeirant­es questionad­os

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