Agora

Profission­ais do Mais Médicos em grrreve na capital

Categoria diz que a prefeitura não pagou salário de setembro. Pacientes têm que reagendar consultas

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Com o pagamento de setembro atrasado há 23 dias, profission­ais que integram o programa Mais Médicos entraram em greve ontem na capital. Segundo o Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), ao menos 70 médicos aderiram ao protesto nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) onde trabalham.

Eles foram contratado­s pela gestão anterior, de Fernando Haddad (PT), por três anos, por meio de convênio com o Ministério da Saúde. A responsabi­lidade pelo pagamento da bolsa, de R$ 10.540, além do auxílio moradia e a alimentaçã­o, é da prefeitura. Ainda falta um ano e meio para o término desse contrato, que contempla os cerca de 70 médicos.

De acordo com a médica Eline Ethel, que integra a comissão de profission­ais do Mais Médicos, o salário de setembro deveria ter sido pago em 15 de outubro. Também houve atraso nas remuneraçõ­es de junho (16 dias) e agosto (10 dias).

Com o novo atraso, os profission­ais alegam estar sem dinheiro até mesmo para ir até o local de trabalho.

Como a situação se agravou neste mês, os médicos decidiram pela greve. Eles vão até os postos de saúde, mas só atendem casos de urgência e emergência. As consultas agendadas não estão sendo feitas, e deverão ser remarcadas. Ethel disse que os médicos também estão à disposição da população para esclarecer a greve.

Apoio

O Agora presenciou ontem uma médica do programa explicando aos pacientes que estavam agendados o motivo da greve. Mesmo sem o atendiment­o agendado, eles apoiaram a decisão dos médicos (leia mais abaixo).

“O que a gente quer é continuar a fazer o nosso trabalho. Eles [prefeitura] deram prazo para pagar (até hoje). Mas esse não é um prazo real. Deveríamos ter recebido no dia 15 de outubro. E mais alguns dias vence mais um mês de salário”, afirmou Ethel.

 ?? Rivaldo Gomes/Folhapress ?? Profission­al do Mais Médicos fala sobre a greve a Claudemir Antonio Camargo, 45 anos, e aos pais dele, o aposentado Benedito, 83, e a dona de casa Romilda, 72, na UBS Jardim Guanabara, na Freguesia do Ó (zona norte)
Rivaldo Gomes/Folhapress Profission­al do Mais Médicos fala sobre a greve a Claudemir Antonio Camargo, 45 anos, e aos pais dele, o aposentado Benedito, 83, e a dona de casa Romilda, 72, na UBS Jardim Guanabara, na Freguesia do Ó (zona norte)
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Divulgação/Prefeitura de Petrópolis

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