Força Aérea não avisou sobre os antecedentes de atirador
Militares admitem falha que permitiu homem que matou 26 em uma igreja a comprar armas
A Força Aérea dos Estados Unidos reconheceu ontem que um erro de procedimento permitiu que Devin Kelley, 26 anos, pudesse comprar armas. No domingo, ele matou com tiros 26 pessoas que estavam em uma igreja batista no interior do Texas.
Os militares admitiram que terem colocados os antecedentes criminais de Kelley nos registros do FBI, (a polícia federal americana), como indicam os protocolos.
O atirador foi condenado em 2010 a um ano de prisão por ter agredido a mulher e o filho. Ele acabou expulso da Força Aérea posteriormente.
O atirador usou um rifle para matar as pessoas que participavam do culto.
Antes de atacar a igreja de Sutherland Springs, uma pequena comunidade rural no centro do Texas, com cerca de 700 habitantes, Kelley enviou mensagens ameaçadoras para a sogra, que era frequentadora da igreja, mas não estava no local.
Logo após o ataque, Kelley foi perseguido por duas pessoas, que atiraram contra ele, que se matou.
De acordo com o jornal “The Washington Post”, Ke- lley comprou várias armas em uma loja, que não encontrou nenhuma irregularidade em seus antecedentes.
Para se conseguir uma arma de um vendedor licenciado, segundo lei federal, é necessário passar por uma checagem da ficha criminal.
O Pentágono anunciou a abertura de uma investigação para saber porque o homem não entrou nos registros do FBI.
Fuga
Kelley, inclusive, teria fugido de um centro para tratamento de saúde mental do Novo México, enquanto estava na Força Aérea, em 2012, pelas agressões à mulher e ao filho, que na época era bebê. Ele acabou capturado pouco depois.
Relatório policial diz que o funcionário do hospital que reportou o desaparecimento de Kelley do hospital avisou que ele “sofria de distúrbios mentais” e que ele ‘tentava consumar ameaças de morte‘ contra “seus superiores militares”.