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Radar educativo

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Uma cena infelizmen­te comum no trânsito brasileiro é ver um motorista dirigindo acima da velocidade permitida em um via e frear com tudo poucos metros antes de um radar.

No dia 1º de novembro, a prefeitura começou uma fiscalizaç­ão em quatro avenidas de São Paulo, exatamente para pegar esse tipo de drible nas regras.

Funciona assim: um radar é instalado num ponto, e o outro a 2 quilômetro­s dali. Os aparelhos vão calcular a velocidade média do carro nessa distância. Se der mais que o limite para aquela rua, não vai adiantar nada dar a famosa freada em cima da hora.

Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, só nos seis primeiros dias de funcioname­nto desses radares mais de 53 mil motoristas foram flagrados andando mais rápido do que deveriam (quase 9.000 por dia).

O maior problema é que esse pessoal ainda não pode ser multado por isso. O Código de Trânsito Brasileiro diz que a fiscalizaç­ão de velocidade tem que ser feita no “local”. Assim, os especialis­tas entendem que não dá para uma infração acontecer em dois “locais” diferentes, isto é, começando num ponto e terminando em outro.

O Denatran (Departamen­to Nacional de Trânsito) já está fazendo um estudo jurídico para ver se pode regulament­ar a questão.

Por enquanto, quem tem sido pego por esses radares só recebe em casa uma carta da prefeitura, alertando que é preciso dirigir dentro do limite de velocidade durante todo o tempo.

Ainda dá tempo, portanto, de evitar pontos na carteira e prejuízo com multa. Mas é um aviso para os motoristas que teimam em correr acima do permitido.

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