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Governo vai tentar aprovar reforma suave na Previdênci­a

Relator deve fechar novo texto até o final desta semana para votar proposta até o dia 15 de dezembro

- (com FSP)

Sem apoio no Congresso para aprovar uma reforma completa da Previdênci­a, o presidente Michel Temer (PMDB) vai apostar em mudanças pontuais e até mesmo mais suaves.

A decisão foi tomada ontem, em reunião, no Palácio do Planalto, com as participaç­ões de Temer e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A nova estratégia do Planalto é concentrar esforços para convencer deputados e senadores aliados a aceitarem dois pontos-chave da proposta que já está na Câmara: a criação da idade mínima e a aproximaçã­o das regras dos benefícios de servidores públicos às dos trabalhado­res do setor privado, informou ontem o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).

Sobre a idade mínima, a intenção da equipe econômica de Temer é mantê-la como está na proposta original: 65 anos, para homens, e 62 anos, para mulheres.

Reduções nas idades exigidas na proposta atual, porém, não estão descartada­s.

Uma reunião prevista para hoje entre o relator e o presidente da Câmara deverá apontar até que ponto o governo precisará ceder.

Não estão descartada­s nem mesmo alterações nas regras de transição, que na proposta atual preveem aumento gradual da idade mínima exigida para se aposentar.

Para fechar um texto final, o relator deve se reunir até amanhã com líderes da base.

Arthur Maia argumentou que o cenário político hoje é diferente do primeiro semestre, quando o texto foi aprovado pela comissão especial, e disse que a equipe econômica do governo Temer está ciente. “A equipe econômica conhece a realidade econômica e a política”, disse. “Do que está perdido, a metade é um grande negócio”, afirmou o relator.

Arthur Maia comentou ainda que a votação na Câmara precisa ser concluída até o dia 15 de dezembro.

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