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Padilha fez o apelo final por nome após R$ 51 mi de Geddel

- (FSP)

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi um dos principais fiadores para a indicação do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia.

Segundo apurou a reportagem, o chefe da Casa Civil e um dos aliados mais próximos do presidente Michel Temer fez seu mais forte apelo para a escolha de Segóvia nas horas seguinte à Operação Tesouro Perdido, que achou cerca de R$ 51 milhões em um apartament­o em Salvador atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB).

Interlocut­ores de Padilha afirmam que o ministro argumentav­a que era a hora de mudar o perfil da PF, comandada há quase sete anos por Leandro Daiello, e encarou o episódio que ligava a fortuna a Geddel como uma espécie de gota d’água.

Na cúpula da Polícia, as articulaçõ­es de Padilha foram compreendi­das como se ele estivesse com receio de onde as investigaç­ões poderiam chegar. Há dois inquéritos sobre o ministro em andamento no Supremo.

Depois do episódio, a Polícia Federal incluiu no caso chamado “quadrilhão do PMDB”, além de Temer e Geddel, Padilha, Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-presidente­s da Câmara Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha.

A pressão de Padilha (que nega a indicação) em prol de Segóvia irritou o ministro da Justiça, Torquato Jardim, que defendia o nome de Rogério Galloro, número dois da PF.

O dinheiro do ex-ministro de Temer foi encontrado em 5 de setembro. Dois dias depois, Torquato anunciou que trocaria o chefe da PF, mas mudou os planos.

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Eliseu Padilha, da Casa Civil, que fez pressão

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