Janot fala em prova de isenção
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse que o e-mail do ex-procurador Marcello Miller sobre a delação da JBS revelado ontem “É a prova absoluta de que nós não tínhamos nenhum acerto”.
“Tanto que ele instruía as pessoas sobre eventuais obstáculos que nós faríamos e como eles deveriam superálos‘, justificou Janot.
A reportagem teve acesso a um e-mail de 9 de março de 2017, dois dias após o empresário Joesley Batista gravar o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu. O texto sugere que a Procuradoria já sabia que Temer estaria entre os delatados no dia em que foi gravado.
“O fato de o presidente da República ter praticado mais de um crime, no exercício da Presidência, não é notícia. A notícia é que um dos ’braços direitos do procurador’ instruiu a JBS a se comportar desta ou daquela maneira. Esta é a coerência de se comparar, como pares, sorveteiros e esquimós. Os dois mexem com gelo”, criticou.