Famílias instalam até placas com pedidos
Para garantir as doações, as famílias instalaram três placas com pedidos de comidas, roupas e brinquedos em cada lado do canteiro. “Não é fácil ficar aqui. Às vezes não aparece nada para comer e temos que sair pedindo pelas casas”, disse a dona de casa Fabiana Ribeiro, 24 anos, enquanto segura no colo a filha de dois anos de uma vizinha de barraca.
A mãe da criança, que se identificou apenas como Jaqueline, 25 anos, diz que não dorme no acampamento, apenas visita a mãe, dona de uma das barracas, mas admite que está lá em busca de doações, principalmente, de roupas para os dois filhos.
Entre as visitas constantes, está a do dono de uma padaria próxima que leva quase todos os dias as sobras de pães do dia anterior.
Na porta de cada barraca, são deixados baldes para as necessidades, e até um chuveiro improvisado foi montado. Para dar privacidade, um tapete velho faz as vezes de boxe e uma cadeira é usada para apoiar as crianças na hora do banho.
Apesar da rotina improvisada no fim de ano, as crianças não deixam de ir para a escola, diz Rosenira.