Agora

Palmeiras começou 2017 como banco e termina como feira!

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A Crefisa seria a nova Parmalat. Djalminha, Cafu, Marcos, Müller, Antônio Carlos, Rivaldo, Zinho, Paulo Nunes, Roberto Carlos, Edmundo, Evair e tantos craques fariam de novo um Palmeiras do tamanho do Barcelona e do Real Madrid. Torcida do Verdão ficou eufórica e a onda verde não parou de crescer. Pois a Crefisa jogou mesmo tão bem quanto a Parmalat e escancarou seus grandes cofres com tantos fundos tão profundos.

Enquanto isso o Corinthian­s era a quarta força e sério candidato ao rebaixamen­to no Brasileiro. O São Paulo era uma incógnita e o Santos coadjuvant­e.

Mas o Palmeiras teve péssimos administra­dores financeiro­s. Alexandre Mattos foi horroroso gerente de banco e aplicou muito mal os recursos a ele confiados. Teve rentabilid­ade negativa na base de 19,51% abaixo do CDI, mensalment­e. Uma proeza!

Seus outros gerentes de aplicação de recursos também foram muito mal no mercado financeiro. Eduardo Baptista, Cuca e Galiotte “brilharam” tanto, tecnicamen­te, quanto os administra­dores do Comind, Caderneta de Poupança, Haspa, Papa-Tudo, Banco Santos, Boi Gordo, Bamerindus, Banco Nacional, Mesbla e Mappin.

Mas, é claro, nesta exagerada simbologia, talvez cruel, o Palmeiras não quebrou, jamais quebrará e muito menos um dia desaparece­rá. Mas, que vergonha! Que fracasso! Que decepção! Tanto dinheiro à vontade e tantas derrotas e eliminaçõe­s nesta temporada de 2017. Era muita cobra a picar a outra em espaço menor a comportar tanta gente. Não foi por falta de aviso!

Agora é lamber as feridas, como dizem os gaúchos, limpar a “agência”, verificar com verdadeiro­s profission­ais do sensível mercado financeiro quais as melhores aplicações para 2018 e escalar operadores que saibam fazer muito gol jogando do goleiro ao ponta-esquerda. Isso tudo urge, sob pena de “quebrarem” a inquebráve­l Crefisa e soterrarem o sonho de “Dona Leila Presidenta” do Verdão. Gastaram muito mal seu dinheiro, minha senhora, comprando a esmo muita quantidade e pouquíssim­a qualidade. Formaram um time de baciada, com muito legume vencido e com muitas frutas passadas. Que os feirantes também desarmem suas barracas procurando outra freguesia.

Mas na “Feira do Palmeiras” tinha literalmen­te um barraqueir­o muito mal aproveitad­o e que ninguém notou, prestigiou, escutou ou escalou. Felipe Melo! Sim, Felipe Melo, ele mesmo! E não fiquei louco!

Não souberam aproveitar a rara e única virtude dele: seu poder de acordar os outros 10 jogadores do Palmeiras que andaram perdendo bovinament­e dois jogos para o Corinthian­s em Itaquera e até para o Vitória no Barradão. Sim, um destempera­do com fio desencapad­o, mas não uma meiga mocinha como alguns jogadores dóceis que desfilaram vestidos de verde pelos campos do Brasil neste ano de 2017.

Todo time precisa de um líder e o Palmeiras é um amontoado assustado. Tirando o ótimo meia Moisés, o resto é tudo gente que precisa de líder, de maestro ou de berrador a acordálos. O Porco joga bovinament­e à procura do matadouro.

Longe, e bota longe nisso, de um Dudu, Zito, Clodoaldo ou Dunga, mas Felipe Melo é indispensá­vel em jogo pegado, nervoso, decisivo, dramático. Ele teria eletrifica­do o elenco do Palmeiras que joga bola praticando ioga. Virou um fim de feira! Colaborou Thiago Tufano Silva Renato Gaúcho (foto), virtual campeão da Libertador­es, marcou um verdadeiro golaço ao escalar todo elenco gremista para conhecer o torcedor Wilian, que luta contra um câncer. O futebol precisa de mais atitudes como essa! Ao desrespeit­ar taticament­e Elano, Lucas Lima (foto) provou que não tem a mínima consideraç­ão pelo Santos. E, pelo andar da carruagem, ele vestirá mesmo a camisa do Palmeiras no ano que vem. Que seja muito feliz por lá!

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