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Semáforo para pedestres não segue tempo

Prefeitura anunciou mais segundos para a travessia, mas tempo era menor em 3 de 7 cruzamento­s visitados

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A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão J oão Doria (PSDB), anunciou em outubro que ampliou o tempo de travessia de pedestres em mais sete vias da capital, totalizand­o 14, mas parte dos semáforos não cumpre essa previsão.

Foi o que constatou o Vigilante Agora, que cronometro­u o tempo de travessia em sete dessas vias na quartafeir­a da semana passada.

Três dos sete semáforos estavam com tempo de travessia de pedestres abaixo do anunciado. A reportagem contou o tempo total (verde e vermelho piscante).

Na avenida Heitor Antônio Eiras Garcia, no Rio Pequeno (zona oeste), a CET anunciou que o tempo de travessia passou de 14 para 17 segundos, mas a reportagem contou 15 segundos, dois segundos abaixo do anunciado. Ali, ainda, a faixa de pedestres está parcialmen­te apagada.

Uma das queixas da vendedora Fátima de Almeida, 43 anos, que estava com a filha de 6 anos, é o tempo curto para o pedestre. “Fica no verde alguns segundos e já começa a piscar no vermelho. Me assusto e corro”, diz.

Na av. Brigadeiro Luís Antônio, na Bela Vista (centro), a prefeitura disse que o tempo de travessia tinha sido alterado para 20 segundos, porém a reportagem contou 18 segundos. O tempo ficou abaixo do anunciado, também na av. do Cursino com a rua Filipe Cardoso, na Saúde (zona sul). A CET disse que ampliou o tempo de de 21 para 26 segundos, mas a reportagem cronometro­u 21 segundos.

17 minutos de vermelho

Pedestres aguardaram 17 minutos para a abertura do semáforo na av. Celso Garcia, no Carrão (zona leste). Nesse período, a dona de casa Maria Lúcia Britto, 53, atravessou com o farol vermelho, fez compras, atravessou de volta —e o semáforo de pedestres continuava no vermelho. “É inacreditá­vel que fiz tanta coisa no mercado e o farol ainda não abriu.” Outros pedestres também arriscaram a travessia na avenida.

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