Carro cai em córrego em Mogi e 4 morrem afogados
Motorista errou trajeto e, ao fazer manobra, não viu o córrego por causa da neblina. Há 3 sobreviventes
Quatro jovens com idades entre 19 e 27 anos morreram no final da madrugada de ontem após o carro em que estavam cair em um córrego na estrada do Chá, em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo). Três pessoas sobreviveram, sem ferimentos graves. Uma estava hospitalizada até ontem à noite.
Segundo a polícia, uma das sobreviventes, Magda Lotito, 57 anos, contou em depoimento que estava indo buscar a filha em um baile funk próximo ao local do acidente quando tudo aconteceu, por volta das 5h.
No caminho, ela, o namorado, Diego Bernardino, 27 anos, que dirigia o veículo, um Agile preto, e uma amiga pediram informações sobre o endereço da festa para quatro jovens que caminhavam a pé e ofereceram carona a eles. Os jovens aceitaram.
Ao tentar achar a festa, o grupo se perdeu e, após entrar em uma rua errada, Bernardino deu marcha a ré. Como havia muita neblina, ele não viu um córrego no local, e o carro caiu na água. Dos quatro jovens que pega- ram carona, três morreram, além de Bernardino. Magda, a amiga dela e um rapaz que pegou carona sobreviveram.
Famílias
Ontem à tarde, a maioria dos familiares ainda tentavam entender o que aconteceu. “Me ligaram por volta das 7h, e eu tinha acabado de chegar em casa, depois do trabalho. As informações estavam muito desencontradas, e eu saí atrás do meu filho. Fui à Santa Casa, mas não o encontrei. Então, fui ao IML”, conta Régis Pontes, 46 anos, que trabalha como segurança. “Não estou entendendo nada. Só sei que sou o pai do Caique”, disse Pontes, enquanto aguardava o corpo do filho, Caique Pontes, 22 anos, ser liberado.
O rapaz havia ido ao baile funk com Gabriel Tavares Ferreira, 19 anos, que também morreu. A costureira Fabiana Tavares, 38 anos, mãe de Gabriel, também ficou sabendo do acidente por telefone. “Um amigo do Gabriel me ligou e disse: ‘tia, aconteceu uma coisa’. Eu já fiquei desesperada na hora e perguntei pelo meu filho”, relata. “Ele costumava ir a bailes funk. Era um menino direito, terminou os estudos e trabalhava com telemarketing”.
Aos prantos, a mãe de Priscila Ferreira Gamaleira, 26 anos, também morta no acidente, disse não ter condições de falar.