“Virei psicopata e louco por ela”
“Me fez lutar, para vencer, me levantar e assim crescer/ Punhos cerrados, olhos fechados, eu levanto a mão pro alto e grito ‘vem comigo quem é do bonde pesadão’.” Parte da letra da música “Pesadão”, recente composição da cantora Iza, diz muito sobre a própria vida dela. A artista carioca de 27 anos largou a sua carreira no marketing para se dedicar à música. Com a ajuda de um bonde pesadão de famosos (veja ao lado), talento e força de vontade, tem conseguido al- çar voos bem altos.
Natural de Olaria, na zona norte do Rio, a artista se destacou há dois anos quando fazia covers e divulgava vídeos na internet. Até que um dia a gravadora Warner gostou e a contratou. De lá em diante, dedicou-se exclusivamente ao que mais gosta.
“Sempre adorei cantar, mas não sabia que seria minha profissão. Comecei aos 14 anos na igreja, mas como hobby. Me formei em publicidade, mas o que alimenta minha alma é a música”, revela. “As pessoas com quem eu trabalhava nem sabiam que eu cantava. Hoje, é legal ver a surpresa de todos.”
A canção “Pesadão”, bastante contagiante em seu pop com uma mescla de rap, é a mais importante da curta carreira até aqui. É uma parceria com Marcelo Falcão, vocalista da banda O Rappa. “É a canção que abre os meus caminhos”, revela, sobre a faixa que vem dominando as rádios. Iza está finalizando seu primeiro disco, “Dona de Mim”, que será lançado até o final do mês. Serão só canções próprias. O tema de boa parte delas será o empoderamento feminino.
“Muitas mulheres se inspiram em mim, querem saber minha opinião sobre determinados assuntos, me tem como representante. Cada vez mais precisamos cantar e falar com mulheres, levantar discussões e fazer refletir.”
Com tanta exposição e sucesso, tem tido cada vez menos tempo livre. Sua agenda de shows triplicou, já cantou no Rock in Rio com artista internacional e até abriu um show da banda inglesa Coldplay. “Estou feliz demais!”
Com toda certeza, o comediante Paulo Gustavo é fã número um da cantora Iza. Ele foi um dos grandes responsáveis por ajudar a artista a deslanchar e a conseguir aproveitar as melhores oportunidades da carreira.
“Chamei-a para cantar no meu aniversário e convidei pessoas importantes para a festa. Naquele dia, meu amigo Zé Ricardo, responsável pelo Palco Sunset do Rock in Rio, ficou louco por ela e a apresentou ao Cee Lo Green [rapper americano com quem ela cantou no evento]. Liguei para o Multishow e pedi muito que a deixassem cantar no Prêmio Multishow”, revela Paulo Gustavo.
Ele ainda fez mais: “Chamei a Iza numa madrugada para cantar na casa do Caetano Veloso, quando vi que lá estava sendo gravado um programa com músicos brasileiros para uma TV francesa. Enfim, virei um psicopata, louco e apaixonado por ela.”
Outra fã é Preta Gil. “Fui apresentada à Iza e foi uma boa vibração. Via seus vídeos e pensava: ‘Essa menina precisa ser reconhecida’. Não é somente uma voz potente nem só um corpo estonteante, ela tem uma identidade própria”, diz Preta.