Agora

Bolsonaro é assunto sério

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Já se foi o tempo em que a candidatur­a de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à Presidênci­a não era levada a sério.

Em segundo lugar nas pesquisas, com cerca de 17% das intenções de voto, o deputado fluminense virou assunto de conversa nas rodas da política e na economia. Afinal, é o futuro do Brasil que pode estar em jogo.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro está tentando tranquiliz­ar a turma que tem medo dele.

Está procurando a orientação de economista­s, por exemplo, para poder apresentar propostas mais concretas para o país. Ele mesmo admite que não entende grande coisa desse tema.

Só que os problemas do pré-candidato vão bem além disso.

Suas ideias, até aqui, parecem ralas. É difícil saber o que ele propõe para a educação, a saúde ou as relações com outros países, por exemplo.

Bolsonaro fala sempre de segurança pública, mas mesmo nesse caso não faz muito mais que defender rigor com os criminosos.

Outra coisa é que o presidente não resolve quase nada sozinho: é preciso negociar o tempo todo com o Congresso.

Claro, ninguém, nem mesmo o chefe do governo, precisa entender de tudo. Para isso, existem as equipes de governo, os colegas de partido e os aliados.

Só que o deputado não conta com nada disso. Seu partido é mixuruca, e ele tem mais jeito para comprar briga do que para fazer alianças políticas.

Basta ver que, mesmo estando na Câmara desde 1991, Bolsonaro nunca se destacou com projetos ou em debates importante­s.

Para comandar um país tão complicado como o Brasil, há muito trabalho pela frente.

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