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Drone fecha Congonhas por duas horas

- (FSP)

O uso irregular de um drone perto de uma das cabeceiras de Congonhas (zona sul de SP) levou ao fechamento do aeroporto por mais de duas horas, desvio de voos e mudanças na rotina de milhares de passageiro­s entre a noite de domingo e a manhã de ontem. A Polícia Civil foi acionada.

O drone que parou Congonhas foi avistado por pilotos que estavam na etapa final de voo. A informação foi repassada aos controlado­res de voo, que notificara­m as autoridade­s de segurança aérea e do aeroporto —que, por sua vez, decidiram interrompe­r os pousos e as decolagens.

O aeroporto, que opera até as 23h, recebeu voos até as 2h45, que tinham atrasos de mais de cinco horas.

Pelas regras da Agência Nacional de Aviação Civil, os drones são proibidos de operar a uma distância de até 9 km de aeroportos ou rota de avião, a depender da altura atingida pelo equipament­o.

Segundo a Infraero (estatal que regula os aeroportos), 34 voos foram desviados para outros aeroportos do país.

O operador do drone que fazia sobrevoo irregular pode pegar até cinco anos de prisão por colocar a aviação civil em risco, segundo Marcelo Honorato, juiz e especialis­ta em crimes aeronáutic­os.

O piloto Adriano Castanho, diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, diz que uma colisão de aeronave em voo com um drone pode ser catastrófi­ca. “A aeronave tem peças muito sensíveis que, se atingidas, podem prejudicar um controle do voo.”

Aeroportos do país não dispõem de tecnologia para identifica­r drones.

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Reprodução Passageiro­s fazem fila nos guichês de companhia aérea, aguardando informaçõe­s sobre o atraso nos voos no aeroporto de Congonhas, na zona sul

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