Marin diz que Del Nero era quem mandava
“Há uma diferença crucial entre estar em campo e jogar o jogo.” Charles Stillman, advogado de José Maria Marin, o ex-presidente da CBF que está sendo julgado em Nova York no escândalo de corrupção da Fifa, diminuiu o papel de seu cliente em negociações na entidade que comanda o futebol mundial.
Em sua primeira aparição diante do júri, Stillman disse na corte que Marin atuou como jogador no banco de reserva. Ele estava lá, mas não assumiu as responsabilidades de um presidente da CBF, entre elas a de ocupar um assento no Comitê da Fifa.
A estratégia é jogar a responsabilidade pelos supostos crimes na conta do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, então vice de Marin e indiciado pelas autoridades americanas.
Segundo a defesa de Marin, era Del Nero quem representava o Brasil na Fifa. Era ele a “grande figura”, segundo o advogado do cartola em prisão domiciliar.