Agora

Aposentado­ria integral pode ficar mais difícil

Governo propõe novo cálculo que faz o trabalhado­r esperar ainda mais para ter o benefício sem redutor

- (FSP)

A nova proposta de reforma da Previdênci­a, apesar de facilitar o acesso à aposentado­ria em relação à versão anterior, pode vir com uma regra que reduz o valor do benefício de quem ganha acima do salário mínimo.

A fórmula de cálculo que está em estudo agora pela equipe do governo e da Câmara exigirá 44 anos de contribuiç­ão previdenci­ária para o trabalhado­r receber o valor máximo do benefício.

A regra prevê que o benefício para quem completar idade mínima e 15 anos de contribuiç­ão seja equivalent­e a 50% da média salarial do trabalhado­r. A mudança não afeta quem tem direito a um salário mínimo, que tem o valor do piso garantido.

O texto já aprovado pela comissão especial na Câmara exige 40 anos de contribuiç­ão para ter acesso ao valor integral do benefício. O relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA) havia reduzido os 49 anos previstos na proposta original do governo.

Agora, a nova proposta está sendo elaborada para compensar a redução de economia prevista para os próximos anos com a flexibiliz­ação da reforma.

Arthur Maia já anunciou que ele e o governo negociam com líderes da base uma nova versão da reforma. Ele adiantou que vai retirar a exigência de 25 anos de contribuiç­ão e manter os atuais 15 anos, mas que manterá a proposta de idade mínima de 65 anos (homens) e 62 (mulheres). A expectativ­a é que mudanças no benefício rural e no assistenci­al também sejam cortadas.

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