Agora

Tribunal veta pregão de urnas funerárias

- (William Cardoso)

O Tribunal de Contas do Município suspendeu a licitação da prefeitura que previa a compra de urnas funerárias para a capital. Segundo o conselheir­o Domingos Dissei, o valor do pregão eletrônico lançado pela administra­ção municipal, sob a gestão de João Doria (PSDB), é duas vezes maior (ou o triplo) que o dos dois últimos anos pela administra­ção de Fernando Haddad (PT).

Em 2015, a prefeitura esti- mou em R$ 22,4 milhões o gasto com as urnas funerárias. Já no ano passado, foram previstos R$ 19,2 milhões. Para este ano, porém, a prefeitura lançou uma licitação que estima os gastos em R$ 59,7 milhões .

Além do preço três vezes maior que os das últimas licitações, o conselheir­o apontou que não há justificat­ivas suficiente­s para demonstrar que as quantidade­s licitadas estão de acordo com a co- mercializa­ção das urnas em anos anteriores.

Quantidade

Também segundo o representa­nte do tribunal, a prefeitura não detalhou na licitação uma projeção de quantas urnas seriam usadas durante o ano.

Entre outros problemas, o edital também não traz especifica­ções relativas à origem legal da madeira empregada na fabricação das urnas, segundo o tribunal.

Em sua decisão, o conselheir­o Dissei aponta até mesmo que uma cláusula anticorrup­ção foi esquecida pela gestão Doria ao disponibil­izar o pregão eletrônico.

A decisão tomada pelo conselheir­o no dia 9 foi confirmada pelos demais integrante­s do TCM na terça-feira. A partir de então, a prefeitura só poderá dar prosseguim­ento ao pregão após se adequar.

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