CCacciique do PMDB do Rio, Picciani se entrega à polícia
Presidente da Assembleia Legislativa e mais 2 deputados tiveram ontem prisão decretada pela Justiça
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB), se entregou na tarde ontem à Polícia Federal, assim como os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, do mesmo partido.
Os três políticos são parte da cúpula do PMDB no Legislativo do Estado e tiveram prisão decretada por unanimidade pelo Tribunal Regional Federal da Segunda Região. Também foram afastados das funções legislativas.
Picciani, Melo e Albertassi são investigados no âmbito da Operação Cadeia Velha, deflagrada na terça-feira e que apura favorecimento de empresas de ônibus por políticos do Estado. Os três negam as acusações.
A operação é um desdobramento da Lava Jato. Os parlamentares são suspeitos de terem elaborado leis para atender aos interesses das empresas de ônibus por meio de recebimento de propina.
Os magistrados decidiram pela prisão por 5 votos a 0.
Caberá a Alerj (Assembleia Legislativa) confirmar ou não a decisão, seguindo orientação dada pelo Supremo Tribunal Federal no caso do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB).
Como o mandado foi expedido de maneira imediata, os parlamentares seguirão presos enquanto o plenário da Casa não se reúne.
A Alerj tem 24 horas a partir da notificação para deliberar sobre a prisão. A decisão, qual seja ela, precisa ser tomada por maioria simples —36 dos 70 votos possíveis.
Na terça-feira, um dos filhos de Picciani, Felipe Picciani, já havia sido preso. O outro é Leonardo Picciani, ministro do Esporte no governo de Michel Temer.
Os três deputados negaram o teor das acusações e informaram que aguardarão a decisão do plenário da Alerj, que decidirá manter ou não a prisão deles.