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Delator diz ter pago R$ para Marin

Alejandro Burzaco disse ainda que até Lionel Messi recebeu valores para participar de jogo da Argentina

- (FSP e Agências)

O empresário argentino Alejandro Burzaco disse ter pago US$ 2,7 milhões (R$ 8,8 milhões em valores atuais) em propinas a José Maria Marin, ex-presidente da CBF. Preso nos EUA, o sócio do grupo de marketing esportivo Torneos y Competenci­as, da Argentina, diz que o acerto com o cartola brasileiro previa pagamento de mais US$ 6 milhões (R$ 19 milhões) a receber, caso o esquema não fosse descoberto.

Juán Ángel Napout, exchefe do futebol do Paraguai, e Manuel Burga, chefe do esporte no Peru, também teriam ganhado propina. Napout teria recebido US$ 4,5 milhões, e Burga, o total de US$ 3,6 milhões.

Burzaco está em prisão domiciliar há dois anos em Nova York e fechou um acordo de delação premiada com a Justiça americana, ainda aguarda a sua sentença, que pode chegar a 60 anos de prisão. Ele prestou depoimento ontem, no Tribunal do Brooklyn, em Nova York.

Marin, o peruano Manuel Burga e o paraguaio Juan Ángel Napout são os únicos três réus entre cerca de 40 indiciados pela Justiça americana que se declaram inocentes no escândalo de corrupção —a suspeita é que eles tenham recebido quase R$ 500 milhões em propina nas últimas duas décadas.

Messi é acusado

Burzaco disse ainda em depoimento ter pago a Messi US$ 200 mil para garantir que ele jogasse um amistoso pela seleção de seu país. O delator afirmou ainda que fez pagamento a outros atletas argentinos, sem citar nomes e sem dizer para qual partida.

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Craig Ruttle/AP O ex-presidente da CBF José Maria Marin chega ao tribunal de Nova York, onde está sendo julgado por ter recebido propina do empresário Alejandro Burzaco

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