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Peça “A Tartaruga de Darwin” estreia no Sesc Ipiranga e usa animal para debater as relações humanas
Começa nesta noite, no teatro do Sesc Ipiranga, a temporada do espetáculo “A Tartaruga de Darwin”. Nele, o autor, o espanhol Juan Mayorga, usa uma espécie de fábula para tratar das relações humanas e da história.
Tudo começa quando um famoso historiador recebe a visita de Henriqueta, uma senhora que se apresenta como a centenária tartaruga usada pelo cientista inglês Charles Darwin (1809-1882) para fundamentar a sua famosa teoria da evolução.
“A princípio, ele acha que aquela senhora não passa de uma louca que precisa de tratamento. Mas, com o tempo, ela o convence de que deve ser levada a sério”, conta a atriz Ana Cecília Costa, intérprete de Henriqueta.
O centenário animal, ao longo de sua vida, acompanhou momentos marcantes da história, incluindo as duas Guerras Mundiais, a Revolução Industrial e a queda do muro de Berlim. Henriqueta usa essa experiência para fazer uma proposta: se o historiador ajudá-la a voltar para as ilhas Galápagos, sua terra natal, ela conta a ele detalhes desses fatos históricos.
“Ela conta com a vantagem de ter visto tudo pelos olhos de uma anônima, do ponto de vista do chão”, diz Ana.
O motivo de a tartaruga querer seu retorno para casa é um só: “Depois de ver tantas barbaridades, ela se cansou do ser humano. Assim a peça propõe uma reflexão crítica sobre as relações.” “A Tartaruga de Darwin” Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 18h. No Sesc Ipiranga ( rua Bom Pastor, 822, Ipiranga, tel. (11) 3340-2000). R$ 30. 213 lugares. 14 anos. Até 17/12.