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Família teve que comprar remédio

- (WC)

A dona de casa Riselia Alves da Silva, 53 anos, sofreu uma queda na calçada, fraturou a clavícula e foi internada no Hospital Tide Setúbal, em São Miguel Paulista (zona leste), no dia 1º de novembro. Já no início da internação, a família foi informada de que não havia nem mesmo cetoprofen­o, um remédio anti-inflamatór­io e analgésico.

“Disseram que não tinha o remédio para dar para ela e a minha filha, que é farmacêuti­ca, teve que comprálo”, afirmou o marido da paciente, o aposentado Antonio Ferreira da Silva, 70 anos. “Falta de tudo aqui. Não dá para entender porque está nessa situação”, afirma Silva.

O marido de Riselia confirma que até mesmo analgési- cos simples como a dipirona também estão em falta. “Outro dia faltou e só depois que foram conseguir.”

“Não temos nem mesmo fraldas para usar direito. Falta até esparadrap­o para as enfermeira­s. Elas são boazinhas, ajudam a gente, mas não têm como trabalhar desse jeito”, diz a paciente. Segundo o marido, a mulher ainda não passou por cirurgia por causa da falta de material. A prefeitura diz que Riselia apresentav­a quadro clínico alterado e, por disso, foram solicitado­s novos exames e reavaliaçã­o, para que pudesse ser reinserida na espera pela cirurgia, o que ocorreu ontem. A gestão Doria não comentou o fato de a família da paciente term comprado o remédio.

 ?? William Cardoso/Folhapress ?? A dona de casa Riselia Alves da Silva, 53 anos, ao lado do marido, o aposentado Antonio Ferreira da Silva, 70 anos; família comprou medicament­o para a paciente
William Cardoso/Folhapress A dona de casa Riselia Alves da Silva, 53 anos, ao lado do marido, o aposentado Antonio Ferreira da Silva, 70 anos; família comprou medicament­o para a paciente

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