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Rachaduras aparecem em casas após obras da Sabesp

Moradores de rua no Jaçanã dizem que paredes começaram a rachar depois de tremores e explosões

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Moradores do Jardim Joamar, região do Jaçanã (zona norte de São Paulo), reclamam que uma obra da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), iniciada em setembro, está causando rachaduras em suas casas.

A obra na rua Maria Amália Lopes de Azevedo, altura do 4.445, utiliza dinamites para algumas explosões.

Os moradores alegam que é isso o que tem afetado a estrutura de 22 casas da rua Mário Centofani, paralela à via principal, onde há as explosões. Quando isso acontece, afirmam os moradores, há tremores no chão e as casas chegam a balançar.

Os vizinhos contam que a obra começou a ter explosões no fim de setembro e já no início do mês seguinte as rachaduras tiveram início.

As três casas que estão no terreno da dona de casa Aparecida de Lourdes Loureiro, 56 anos, estão com as paredes de todos os cômodos rachadas e, em algumas, há até infiltraçã­o de água da chuva. A residência, ela conta, foi interditad­a pela Defesa Civil. “Cada dia que passa, tem uma rachadura nova. Elas estão ficando tão grandes que daqui a pouco passa um rato entre elas.” E ela continua. “Daqui a pouco a casa vai cair. Eu não tenho para onde ir e não vou para um abrigo. Quero ficar na minha casa”, afirma ela, apontando para um buraco no banheiro, causado após o início das obras.

Na casa dela, a porta parece ter se desprendid­o da parede e é possível passar dois dedos no buraco aberto ali. Também pode ver a luz do sol no rompimento formado.

Outra trinca que surgiu em um dos cômodos da residência está tão grande que fez um buraco entre as paredes, onde até dá para escutar as pessoas no quarto vizinho.

Tremores

No mesmo terreno, na residência da frente, moram a filha e o genro de Lourdes, com mais dois bebês.

“Percebemos que, de uns tempos para cá, começamos a sentir uns tremores. Mas nem pensamos que fosse a obra. De repente, a casa começou a rachar”, afirma a dona de casa Jamires Loureiro Pinto, 23 anos, filha de Lourdes. Algumas das rachaduras na casa vão de ponta a ponta, do chão ao teto.

 ?? Rubens Cavallari/Folhapress ?? A dona de casa Aparecida de Lourdes Loureiro, 56 anos, mostra a rachadura em um dos cômodos da sua casa, na região do Jaçanã (zona norte); ela alega que problema começou após uma obra da Sabesp na rua
Rubens Cavallari/Folhapress A dona de casa Aparecida de Lourdes Loureiro, 56 anos, mostra a rachadura em um dos cômodos da sua casa, na região do Jaçanã (zona norte); ela alega que problema começou após uma obra da Sabesp na rua

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