Atentado em mesquita no Egito mata ao menos 235
Uma bomba explodiu dentro do tempo e 40 terroristas passaram a atirar contra pessoas que tentavam fugir
A explosão de uma bomba seguida de um ataque a tiros contra uma mesquita no norte do Egito deixou pelo menos 235 mortos e mais de 125 feridos ontem.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, o ataque aconteceu na mesquita de Al-Rawdah em Bir al-Abed, que fica a 70 quilômetros de El Arish, capital do Sinai egípcio e próxima da fronteira do país com Israel e com a Faixa de Gaza.
A imprensa local disse que a bomba explodiu dentro da mesquita no fim das orações de sexta-feira. Enquanto as pessoas fugiam, cerca de 40 homens armados, e que estavam jipes, começaram a disparar contra a multidão.
Segundo o jornal americano “The New York Times”, ao menos um homem-bomba esteve envolvido no ataque.
O ataque foi considerado como o mais letal da história moderna do Egito.
A mesquita é do sufismo, uma vertente mística do islamismo que não é aceita por grupos extremistas.
Até a noite de ontem ninguém havia assumido a autoria do ataque, mas nos últimos três anos a região do Sinai tem sido palco de confronto entre as forças de segurança do governo e militantes do Estado Islâmico, que miram cristãos.
Reação
Horas depois do atentado, as Forças Armadas do Egito começaram a fazer ataques aéreos a locais ligados aos extremistas nas montanhas ao redor de Bir al-Abed.
“As Forças Armadas e a polícia vão vingar nossos mártires e restaurar a segurança e a estabilidade com a maior força”, disse o presidente Abdel Fattah el-Sisi na televisão egípcia. “O que está acontecendo é uma tentativa de nos impedir nos nossos esforços na guerra contra o terrorismo.”
O atentado foi um dia após o Egito iniciar três dias de testes em uma abertura na passagem da fronteira com a Faixa de Gaza.