Inquérito sigiloso contra Alckmin vai para o STJ
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) recebeu na quartafeira passada um inquérito policial que investiga o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Ele foi distribuído para o gabinete da ministra Nancy Andrighi, que deve relatar o caso. O procedimento foi enviado do STF (Supremo Tribunal Federal) ao STJ, já que governadores de Estado possuem foro privilegiado e respondem a esta corte.
O inquérito, aberto a pedido do Ministério Público Federal, tramita até o momento em segredo de Justiça.
O nome do governador não aparece na página do tribunal que permite o acesso e a consulta a processos.
A corte informa apenas que o “requerido”, ou seja, o alvo da investigação, está “em apuração”.
Nesta semana, parlamentares do PT foram à PGR (Procuradoria-Geral da República) para reclamar da lentidão de investigações contra Alckmin na Operação Lava Jato.
O governador foi citado por delatores da construtora Odebrecht, que disseram ter pago cerca de R$ 10 milhões, em caixa dois, para campanhas dele de 2010 e 2014 ao governo do Estado de São Paulo. Um cunhado de Alckmin teria recebido os valores.
A PGR informou aos parlamentares petistas que ainda não havia recebido, do STF, o conteúdo das delações. E que os procedimentos sobre o tucano seguiam em sigilo.