“Mônica Toy” é a menina dos olhos do desenhista
Cheio de projetos e com uma disposição incomum para seus improváveis 82 anos, Mauricio de Sousa garante que continuará tentando colocá-los em prática enquanto estiver vivo. “Sou teimoso”, diz, aos risos, referindo-se aos vários “nãos” que enfrentou até conseguir viver dos seus desenhos.
Um desses projetos é seu perfil oficial no Instagram (@mauricioaraujosousa), com quase 100 mil seguidores. “Adoro, pois uma das minhas alegrias é a fotografia.” Ele garante que não tem ninguém para responder por ele nas redes sociais. “Sou eu mesmo, nas minhas madrugadas”, diz.
Mas a menina dos olhos do pai da turma é a série “Mônica Toy”, com breves historinhas ao estilo toyart, que faz suces- de visualizações atingiu a série em seu canal no YouTube, só no primeiro semestre de 2017 de visualizações pelo mundo a cada mês tem “Mônica Toy”, por países como Rússia, México, EUA e Bulgária contratos de licenciamento, em 13 setores da economia, geram quase 3.000 itens com os personagens do cartunista países nestes anos todos já receberam esses produtos so enorme em seu canal no YouTube (www.youtube.com/ turmadamonicatv). Sem diálogos e bem-humoradas, as animações são um fenômeno internacional (veja números acima). “O que fazemos com a ‘Mônica Toy’ já esnoba em termos de números tudo o que há no YouTube. Tudo indica que sou um dos maiores.”
Após selecionar o elenco in- fantil de carne e osso que viverá a Turma da Mônica nos cinemas, em filme que deve estrear em junho, ele adianta que vai escolher adolescentes para filmar a sequência.
Enquanto isso, o cartunista, que acaba de voltar do Japão, divulga uma cartilha que criou para ajudar os filhos dos estrangeiros que vão trabalhar no país. “Os pais chegam lá, entram nas fábricas, trabalham feito loucos, e a criança, sem falar a língua, entra na escola japonesa e é taxada de autista. A situação fica dramática. Então, encampei essa briga e comecei a fazer a cartilha por minha conta. E o governo de lá olhou com chance de encampar o projeto. Não consegui nunca que o daqui fizesse qualquer coisa.”