CCuurrssoo ddee PPaappaaiii NNNoooeeelll ensina técnicas para falar ho-ho-ho
Especialista mostra a aspirantes ao papel do bom velhinho como se portar de forma alegre
Ser Papai Noel exige muito mais do que simplesmente colocar a tradicional fantasia vermelha. É preciso aprender técnicas de entonação do “ho-ho-ho”, a lidar com crianças chatas, a escapar de perguntas espinhosas, a se portar de forma alegre e a se vestir corretamente.
É o que o Agora aprendeu na última terça-feira, ao participar de um curso gratuito de Papai Noel, Mamãe Noel e noeletes oferecido pelo ator Sílvio Ribeiro, 68 anos. O repórter assistiu às seis horas de aula sem se identificar (leia texto nesta página).
O curso ofereceu vários segredos por trás do Bom Velhinho para quem quer trabalhar na área. O “ho-ho-ho”, por exemplo. A dica, segundo Ribeiro, está na entonação. “Há vários tipos de ho-hoho. O principal é o de saudação, de chegada”, explica.
O primeiro “ho” deve ser curto, o segundo, um pouco mais demorado, e o terceiro, o mais longo. “Tem que colocar alegria”, falou.
Tem até o “ho-ho-ho” de decepção, para quando a criança apronta alguma arte, e o “ho-ho-ho” de surpresa, para quando os pequenos dizem coisas inusitadas. “O Papai Noel, é antes de mais nada, um psicólogo”, diz o ator.
Uma das partes difíceis, para Ribeiro, é lidar com o público —nem sempre o infantil. “Uma vez, uma senhora ia todo dia ficar me olhando, por umas duas semanas. Até que veio me procurar um cara de terno, dizendo que era o motorista dela, e que ela tinha uma proposta. Ela tinha tara de transar com o Papai Noel”, disse o ator, que recusou o “excelente cachê” porque não era aquele “o sentido de encarnar o Papai Noel”.
E como escapar de criança chata, chorona, brigona? “É só devolver para os pais.”