Para governo, desemprego cairá com reforma
O Planalto iniciou mais uma ofensiva sobre deputados da base aliada, prefeitos e governadores para tentar reunir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência —hoje, o Planalto não tem o apoio necessário para a aprovação.
No jantar na casa do presi- dente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no domingo, ministros e líderes do governo apresentaram argumentos para tentar vencer a resistência dos parlamentares.
O ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) disse, por exemplo, que o PIB (Produto Interno Bruto) pode cair 2,8% se a reforma não for aprovada. Além disso, com a aprovação, as estimativas são de que o desemprego ficará entre 8% ou 9% em junho e julho de 2018. Hoje, o índice é de 12,2%.
Auxiliares de Temer vão analisar, em nova reunião marcada para amanhã, se o clima para votar a reforma melhorou na base do governo. Só então decidirão se vão ou não pautar a matéria ainda neste ano, provavelmente na semana que vem.
Ontem, integrantes da Casa Civil, da Fazenda e do Planejamento fecharam um projeto que inclui R$ 3 bilhões ex- tras na previsão do Orçamento do próximo ano para os municípios. A liberação do dinheiro dependerá da aprovação da reforma. A estratégia é pressionar os prefeitos a influenciarem deputados para que eles votem a favor das mudanças.
O discurso oficial é que a aprovação vai trazer benefícios para as contas públicas e elevará a arrecadação, o que permitirá mais investimentos por parte da União.
O cálculo mais atual feito pelo Planalto aponta placar de cerca de 270 votos favoráveis à reforma. São necessários 308.