Depois de Pintado, Lugano e Ceni, Raí vira escudo de Leco!
É tão certo quanto o calor do fogo, eu já não tenho escolha e participo do seu jogo... Alô, povão, agora é fé! A armagedônica administração Leco, que se acostumou a assistir aos rivais darem a volta olímpica enquanto comemora não ser rebaixado, acertou com Raí. A exemplo do que aconteceu com o sobrinho Gustavo Vieira, degolado recentemente, o ídolo será diretor de futebol.
Ainda que jamais tenha exercido a função e, pois, ser uma total incógnita, é inegável que Raí é identificado com o clube, tem carisma e qualidades profissionais. Não se sabe se essas qualidades combinam com a atual função...
Mas, se não der certo, não tem problema. Leco, que já demitiu uma série de cartolas —incluindo Vinicius Pinotti, aquele, do Centurión, que tem orgulho de transformar o São Paulo em uma vitrine—, não vai ter a menor parcimônia em demitir Raí, seu novo escudo. Fez o mesmo com outro ídolo, co- mo Pintado... Até Rogério Ceni, “mito” para são-paulinos, contratado como escudo, apesar de não estar preparado para o cargo, foi demitido sem qualquer constrangimento.
O que Leco, que não manja nada de futebol nem de administrar o clube, como está claro, quer é um escudo. Lugano, que tomou mais cartões amarelos do que jogou no último Brasileiro, não é mais do São Paulo. Como não dá para inscrever Raí como atleta, ele, na função de cartola, será seu novo escudo. Bom para Leco, talvez para o São Paulo... E, tudo indica, péssimo negócio para Raí.
Se o Inter mandou o Falcão duas vezes para a rua e até o Zico, como diretor, ganhou bilhete azul no Flamengo, Raí deve, ou deveria, saber onde está pisando. Ele tem muito mais a perder do que o Leco e o próprio São Paulo.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!