Estudantes são dispensados mais cedo por furto de ffiiooss
Escola estadual do Grajaú, na zona sul, ficou sem energia por uma semana após ladrões levarem cabos
O furto de cabos elétricos fez com que alunos da escola estadual Alexandre Ansaldo Mozzilli, localizada no Grajaú (zona sul de SP), ficassem uma semana com aulas no escuro e em horário reduzido. Isso porque, na sextafeira anterior, dia 1º, ladrões tinham furtado a fiação externa da escola —não foi informado quantos metros de cabos foram levados.
Sem eletricidade, as aulas de sexta-feira passada e da segunda-feira foram canceladas. Entre terça-feira e ontem, o período de aulas foi reduzido em duas horas: os alunos da manhã entraram às 8h e saíram às 10h30, enquanto os que estudam à tarde entraram às 13h e foram dispensados às 15h30 —a unidade não funciona no período noturno.
“A gente faz o que pode para não prejudicar os alunos, mas o governo parece não estar tão preocupado assim”, criticou uma funcionária, na manhã de ontem, ao garantir que o reparo foi solicitado no próprio dia 1º. “Reduzimos o período porque as salas de aula estão meio escuras e não queremos forçar os olhos das crianças, isso pode dar algum problema de vista.”
Pai de um estudante, Dênis Oliveira, 30 anos, deixou de trabalhar ontem à tarde para levar e buscar o filho de 7 anos. “É uma pouca vergonha ficar uma semana assim”, desabafou ele —que, por acaso, é eletricista. “Não sei quantos metros de cabos foram furtados, mas geralmente os ladrões só levam a fiação externa. Eu diria que em menos de um dia eu conseguiria colocar esses cabos e religar a eletricidade.”
O porteiro Márcio Roberto Alves da Silva Conceição, 35 anos, também levou o filho de 7 anos à escola ontem. “Acredito que, para uma escola ou hospital, esse problema tinha de ser resolvido com urgência”, opinou.
A eletricidade foi religada ao final da tarde de ontem.
Furtos de cabos são problemas frequentes em escolas. A seis quilômetros dali, no mês passado, a escola estadual Professora Adelaide Rosa Fernandes Machado de Souza também foi alvo desse tipo de crime e ficou sem aulas por duas semanas.