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Metalúrgic­os do ABC dizem que quem não quiser pagar pelo acordo não receberá benefícios negociados

- (FSP)

O Sindicato dos Metalúrgic­os do ABC aprovou, nesta semana, uma taxa sobre a participaç­ão de lucros da Volkswagen, que será cobrada apenas de trabalhado­res não associados ao sindicato.

O desconto é chamado de contribuiç­ão assistenci­al e é feito pela própria empresa na folha de pagamento. Segundo a negociação, a taxa é de 6% sobre o valor da PLR recebida por todos os funcionári­os, menos para os associados ao sindicato.

A contribuiç­ão já era cobrada em anos anteriores. Porém, a novidade é que constará no acordo coletivo que quem se opor ao desconto da taxa não poderá se beneficiar do acordo em nenhum ponto —ou seja, não irá receber a PLR.

Segundo Wagner Santana, presidente do Sindicato dos Metalúrgic­os do ABC, as negociaçõe­s coletivas daqui para frente devem ser assim. Ou seja, sem a contribuiç­ão assistenci­al, o trabalhado­r não terá o benefício conseguido pela categoria. “Se a pessoa não quer participar do sindicato, ela não pode usufruir daquilo que o sindicato conquista”, defende.

As taxas defendidas pelos metalúrgic­os é uma das saídas para os sindicatos após a reforma trabalhist­a. O texto que entrou em vigor no dia 11 de novembro extinguiu o imposto sindical obrigatóri­o. Agora, o desconto em folha só pode ser feito se for autorizado pelo trabalhado­r.

Segundo Otávio Pinto e Silva, sócio do escritório Siqueira Castro Advogados, a polêmica da autorizaçã­o dos descontos é como será dada essa permissão, ou seja, se ela precisa ser individual ou coletiva, por assembleia, como foi o caso da taxa de 6% na PLR aprovada pelos trabalhado­res da Volks.

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