Israel responde a foguetes e protestos de palestinos
Região tem o 2º dia de violência depois de Trump reconhecer Jerusalém como a capital israelense
Israel respondeu ontem com ataques aéreos aos foguetes disparados a partir da faixa de Gaza. Foram bombardeadas posições militares do movimento islamita Hamas e pelo menos dez pessoas acabaram feridas, somente nesta ação.
A ação de Israel é uma resposta ao segundo dia de fúria prometido pelo Hamas como retaliação ao reconhecimento de Jerusalém como capital israelense, feito quarta-feira pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Antes do ataque aéreo, o sistema antiaéreo israelense interceptou um foguete disparado a partir do território palestino da faixa de Gaza.
De acordo com o Crescente Vermelho Palestino, que presta socorro às vítimas, uma pessoa morreu, 61 pes- soas acabaram atendidas por ferimentos com armas de fogo, 479 ficaram intoxicadas por gás lacrimogêneo, 200 foram atingidos por balas de borracha e outros 27 por causas diversas.
Segundo o Ministério de Saúde palestino, o homem morto foi atingido por tiros disparados por soldados israelenses próximo a fronteira na faixa de Gaza.
Israel confirmou que os militares abriram fogo contra dois manifestantes após um grupo começar a queimar pneus e jogar pedras nos soldados. A identidade do morto não foi divulgada.
Os protestos de ontem começaram de maneira pacífica tanto na faixa de Gaza quanto em cidades da Cisjordânia, mas logo acabaram em violência.
Em Jerusalém Oriental, que os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado, milhares deixaram as mesquitas sob gritos de “Jerusalém é nossa, Jerusalém é nossa capital”.
Em Belém e em Ramallah, na Cisjordânia, houve confronto entre manifestantes, armados com pedras, e as forças israelenses.
A cena se repetiu também na faixa de Gaza, onde a fumaça de pneus queimados tomou conta das ruas, repetindo as cenas vistas na quinta-feira, quando os protestos terminaram com 31 pessoas feridas.
“Devemos trabalhar para lançar uma intifada [rebelião] diante do inimigo”, discursou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Gaza, território que é dominado pelo grupo.