Garantir garotos será prioridade
O Tricolor possui alguns jovens jogadores com potencial e que têm contratos acabando. Um deles é o zagueiro, volante e também lateral direito Éder Militão.
O garoto de 19 anos foi promovido nesta temporada e ajudou na recuperação do time no Brasileiro, atuando na lateral direita.
Militão tem vínculo até 11 de janeiro de 2019 e em julho do ano que vem já pode assinar pré-contrato com qualquer equipe.
Outro exemplo é o do atacante Marquinhos Cipriano, de 18 anos, que ainda está na base (contrato até setembro de 2018). “É prioridade [renovar]. Já existe um movimento nesse sentido. O São Paulo é o time que mais revelou jogadores nos últimos anos. É importante ter um treinador que acredite nisso”, afirmou Raí.
Aos 52 anos, Raí sentou-se pela primeira vez na sala de imprensa do CCT da Barra Funda para falar sobre sua nova função no São Paulo. O ídolo do Tricolor assume o cargo de diretor-executivo de futebol, antes ocupado por Vinicius Pinotti, que pediu demissão na última quarta. O ex-jogador já estava envolvido com o clube, fazendo parte do Conselho de Administração até então.
Raí destacou que terá liberdade para trabalhar e que precisará de um período de transição. “A carta branca foi dada. Estou chegando, conheço muita gente aqui dentro, outras pessoas ainda tenho de conhecer na questão de funcionamento do clube. A primeira coisa a ser feita é entrar de cabeça e saber me colocar. A carta branca foi dada, mas obviamente vai ter um período para que eu me apoie em muita gente que já está aqui para tomar parte da situação e impor minhas ideias”, comentou.
O diretor quer que o São Paulo crie uma identidade, independentemente da comissão técnica que estiver no clube. “A base do meu trabalho vem do meu conhecimento de campo, de futebol. O time precisa construir um estilo de jogo. Não está muito longe do que o treinador atual [Dorival Júnior] pensa e acredita. Quero que o São Paulo crie estilo próprio, uma identidade de jogo. Foi assim nos momentos vitoriosos, seja com o Cilinho [nos anos de 1980], seja com o Telê Santana [década de 1990].” mos anos e existem aprendizados a serem colhidos. É uma fase de transição rumo a um profissionalismo, com avaliação dos erros. Ao mesmo tempo, tenho de avaliar a realidade econômica do país, do futebol de maneira geral, mas acredito que o São Paulo está no caminho certo nessa busca da profissionalização. Tem de pensar em novamente ser um clube inovador e pioneiro.”
“Todo mundo sabe que futebol envolve riscos, resultados, ambiente, relacionamento. Uma das minhas principais qualidades foi construir um ambiente harmônico. Existem muitos jogadores que passaram por aqui que, por não estarem no melhor momento, não conseguiram seu melhor potencial. Os jogadores que estão aqui tendem a render muito mais. O São Paulo nos últimos anos teve vários problemas de conturbação, seja fora seja dentro de campo, que levaram a todas essas mudanças. Se me escolheram é porque acreditam que será diferente. Uma das crenças que quero construir é uma equipe que seja independente do próprio São Paulo e da comissão técnica que esteja no momento”.