Agora

Maloqueiro sem sofrimento

- É jornalista, ZL, equilibrad­o e pai do Basílio

Há quem diga que a vida começa a ser contada quando gerada. Para outros, o calendário começa a girar no dia de (re)encarnar. O início da conta é o de menos. O que importa é o fim. Em 10 de dezembro de 2008, antevésper­a de apresentaç­ão de Ronaldo no Parque São Jorge, nascia mais um corinthian­o maloqueiro. Que, anos mais tarde, aprendeu com o pai a cantar que é sofredor, mas não viveu para sofrer. Questão de dias, Basílio veio ao mundo já na Série A e, com pouco mais de um mês de vida, comemorou a primeira Copa São Paulo. Tem bisavô de amigo rival com um século de vida que jamais teve essa oportunida­de... E, após o primeiro título, o garotinho já comemorou o aniversári­o da sua São Paulo comemorand­o mais três Copinhas... Com menos de um ano de vida, em 2009, viu o seu Corinthian­s vencer o Paulista em cima do Santos do garoto Neymar e o tri da Copa do Brasil, com direito a DVD e tudo, contra o Inter... Logo após comemorar o seu 4º aniversári­o, o maloquinha viu, pela TV, o Chelsea cair aos pés do time do povo. E, feliz da vida, recebeu a ligação do pai do Japão: “Vai, Corinthian­s”. Não precisava nada mais ser dito. Até porque, meses antes, o garotinho já tinha visto que era cascata o papo de “nunca serão”. Romarinho e, depois, Sheik calaram a boca dos antis. Inconteste e invicto. O moleque ficou tão mal acostumado que 2013, marcado “apenas” pelo Paulistão sobre o Santos, e pela Recopa, batendo o São Paulo, foi considerad­o um ano fraco. Corinthian­o da nova safra é enjoado, nunca ouviu nem a piadinha do time sem estádio. Ano de Copa a abertura foi na zona leste de Basa, no campo do seu Corinthian­s. A rapaziada preconceit­uosa, que duvidava que o Mundial seria na periferia da ZL e na casa corinthian­a, se deu mal. Fora de Itaquera? Nem a pau, Juvenal! Rival acostumado com a época do faz-me-rir reclama que corinthian­o está ficando chato... Chato, não! Como Basa festejou um ano antes da Libertador­es, aos 2 anos, “penta”. Depois, naturalmen­te, viria o hexa e, agora, o hepta. Com direito a pôster. Sete vezes campeão, de verdade, nada de conta de mentiroso. Parabéns, Basílio! Na vitória ou na derrota, eu grito forte, papai te ama até depois da morte.

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