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Lula será julgado em 2ª instância em 24 jjaanneeii­rroo

Condenação pode tirar ex-presidente da corrida eleitoral de 2018; ação é sobre o tríplex do Guarujá

- (FSP)

O Tribunal Federal Regional da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, marcou o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex para 24 de janeiro.

O ex-presidente foi condenado pelo juiz Sergio Moro em julho deste ano a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A segunda instância é responsáve­l por confirmar ou reverter a condenação da primeira instância, efetuada pelo juiz Sergio Moro.

Na ação do tríplex no Guarujá (86 km de SP), Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da OAS em decorrênci­a de contratos com a Petrobras.

O valor, segundo a Procurador­ia, se referia à cessão pela OAS do apartament­o ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtor­a neste imóvel e ao transporte e armazename­nto de seu acervo presidenci­al.

Se Lula for condenado pelo TRF-4, ele não poderá concorrer nas eleições de 2018, devido à Lei da Ficha Limpa.

Ontem, o juiz federal Leandro Paulsen, que integra a corte, pediu à secretaria da 8ª Turma que agendasse a data para o julgamento.

Paulsen, que é o revisor do voto do juiz federal João Pedro Gebran Neto, relator do caso, levou seis dias úteis para avisar que o processo já poderia entrar em pauta.

O caso de Lula tem tramitado em tempo recorde no tribunal. Foram 42 dias entre a condenação e o início da tramitação do recurso na segunda instância.

Segundo a assessoria de Paulsen, o que está definida é a data do julgamento —seu voto pode mudar até o dia da sessão.

Resposta

Em nota, a defesa de Lula afirma que agora também precisa debater o caso “sob a perspectiv­a da violação da isonomia de tratamento, que é uma garantia fundamenta­l de qualquer cidadão”.

“Esperamos que a explicação para essa tramitação recorde seja a facilidade de constatar a nulidade do processo e a inocência de Lula”, afirma o texto do advogado Cristiano Zanin.

No último dia 5, os advogados de Lula haviam utilizado a Lei de Acesso para questionar a ordem cronológic­a dos processos na segunda instância.

Com isso, a defesa tentou demonstrar que o tribunal tem agido com celeridade excepciona­l no caso da apelação do petista, tentando deixá-lo de fora da disputa presidenci­al de 2018. “Estamos aguardando os dados que pedimos à Presidênci­a do Tribunal”, diz Zanin.

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Adriano Vizoni - 8.dez.2017 - Folhapress A defesa de Lula questiona a velocidade do TRF-4 para julgar o ex-presidente em segunda instância
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