Agora

O Palmeiras é grande

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Não era necessário que Zé Roberto bradasse “o Palmeiras é grande”, em discurso célebre e um tanto patético feito há quase três anos.

O Palmeiras não é grande. É enorme, com uma história rica em títulos, ídolos e superação. E é triste o momento em que uma entidade com essa força se esquece do tamanho que tem.

Não se trata aqui de apontar erros na gestão ou de criticar a maneira de que o clube abriu as portas —para não usar outra palavra— ao dinheiro da patrocinad­ora. Não há no Brasil um time que não tenha seus problemas administra­tivos, por vezes extremamen­te graves, ou que não aceitaria um aporte como o oferecido pela Crefisa.

A questão é a falta de amor-próprio. E não há outra expressão para descrever o comportame­nto alviverde na contrataçã­o de Lucas Lima.

O Palmeiras é grande demais, enorme, para um jogador que se coloca deliberada­mente como seu grande inimigo. Não foram poucas as ocasiões em que o meia provocou os palmeirens­es, e em várias delas sua equipe até ontem, o Santos, nem estava envolvida.

Pouco importa a qualidade técnica do atleta —que, aliás, é questionáv­el. O Palmeiras aceitar Lucas Lima é como o sujeito receber de braços abertos a bela adúltera. Ela faz o diabo, desfila sua sordidez e fala mal do marido pelo bairro, mas é bonitinha, sabe?

Não é exclusivid­ade verde. O Corinthian­s, por exemplo, já anunciou a chegada de Paulo Nunes com sirene e empregou Amoroso —que agradeceu a confiança da “Sociedade Esportiva Corinthian­s”.

Foi ainda mais grave do que ocorre agora, já que a agressivid­ade da dupla era maior contra o time do Parque São Jorge. De qualquer maneira, o Palmeiras é grande demais para Lucas Lima.

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