Agora

Saiba ter aposentado­ria mesmo após perder a carteira

Segurado pode buscar outras provas que comprovem tempo de contribuiç­ão para garantir o benefício

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Descobrir que vai precisar de uma carteira profission­al que está perdida pode ser um balde de água fria para o trabalhado­r que pede a aposentado­ria, principalm­ente se os registros anotados no documento são antigos.

Mas a falta do documento original não é o fim da linha para quem está tentando pendurar as chuteiras. O Agora reuniu as principais orientaçõe­s do INSS e de especialis­tas para quem precisa encontrar as provas do tempo de contribuiç­ão ao instituto.

A princípio, o sistema do INSS deveria ter registrado todos os pagamentos durante a vida profission­al —pelo menos os que foram feitos a partir de 1976, quando esse tipo de dado passou a ser informatiz­ado pelo órgão.

Por isso, a orientação do próprio INSS para quem está nessa situação é consultar o Cnis (Cadastro Nacional de Informaçõe­s Sociais). Se as informaçõe­s estiverem nesse registro, a carteira profission­al não deverá fazer falta.

No entanto, as falhas no Cnis são comuns, pois muitos patrões não informam ou não repassam as contribuiç­ões previdenci­árias descontada­s dos seus empregados.

Quando isso ocorre, o INSS solicita ao trabalhado­r outras provas do vínculo de emprego, ou seja, documentos produzidos na mesma época em que o segurado esteve empregado nas empresas cujas contribuiç­ões não aparecem no Cnis. Uma das provas mais importante­s é a ficha de registro de funcionári­os, que fica com o empregador.

Em alguns casos, a comprovaçã­o do tempo de registro não resolve toda a questão. Às vezes, o que está errado é o valor do recolhimen­to, o que pode prejudicar o valor do benefício, segundo a advogada Adriane Bramante, do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenci­ário). Nesse caso, o segurado precisará dos holerites para pedir uma retificaçã­o de remuneraçõ­es ao INSS.

No caso dos autônomos, a perda dos carnês de contribuiç­ão pode significar prejuízo ainda maior. Caso os dados não estejam no Cnis, será preciso buscar testemunha­s.

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